Talvez, amanhã, o verbo atrofiado,
a lingua inventada
numa metalinguística pura
para não dizer, somente.
Amanhã, o seu olhar de vidro,
ela ainda carente
com o brilho do dia
pousando nos olhos
o lume postiço da noite...
Inventa romances
e tece uma prece
para que acabem logo.
Entre o amor e o lençol,
um verniz de seda
para cobrir
a alma nesse souvenir
de sorriso,
nessa solidão.
quinta-feira, 24 de março de 2011
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3 comentários:
um estalo na manhã,
um farol de lua,
uma noite nua,
dos desejos encobertos
de rua.
uma dama
que ama
e chama
clama
na noite
dos inversos
o que tiver que vir.
Quando vi esse poema, como uma réplica de um comentário seu em meu blog, já me bateu a força que tinha. Nesses meandros é que navegam a poesia.
Grande abraço!
Suas palavras tecem um belo lençol de estrelas. Muito bonito, beijos.
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