A lavadeira descendo a ladeira
carrega um balde e uma trouxa nas mãos.
A costureira fiando a agulha,
viés de minúcia que assegura a virtude.
Verte agora esses olhos nítidos,
verte seus sabores de aurora.
Agora é um ir embora para outros quintais.
A lavadeira circundando o brejo,
a costureira cingindo o pano,
é pão adormecido em forma de fome,
é talher vencido desse velho aço,
é beber desse antigo disfarce.
Vai vestir a sua roupa bem limpa,
vai sentir esse tecido tão branco.
Ah - esses carnavais de brilhantes -
tecem delongas nesses nossos aís.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
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2 comentários:
Eu saí lendo tudo e depois vim de baixo até aqui e cheguei na lavadeira, que desce a ladeira, lavando tudo.
E as águas correm e o sabão escorrega nas mãos e as roupas sujas, tornam-se limpas nas mãos das lavadeiras.
Beijos, querido amigo,
muito, muito carinho.
P.S.
Estou bem estive mesmo foi 'afogada em um mar de papéis e documentos'.
Já estou retornando.
"Ah - esses carnavais de brilhantes -
tecem delongas nesses nossos aís"
muito bom isso!
beijos poeta
bom final de semana
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