As mãos na janela – olhou distante as faces ausentes...
E um povaréu lá fora fugindo da espera,
é tanta sombra emaranhada na canseira alheia.
O menino vislumbra, alumbramento
de olhos, pisca-pisca vaga-lume de reflexo,
é aperto de gente, é lamento e cansaço...
Sorri para a velha um sorriso falhado,
aponta espantado um brinquedo dos homens grandes:
máquina de ferro comendo o asfalto.
Sorri às flores do canteiro isolado,
é fumaça que se espalha em poeira
pelo vidro, o menino encantado...
Desenha um sorriso empoeirado e oferece
aos que ficam para trás – hoje é dia de viajar as tristezas
e colher desses olhos faiscantes
um sorriso estrada que não termina...
quarta-feira, 22 de julho de 2009
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4 comentários:
Ah, então o menino é feliz!
E faz feliz os que colhem dos seus sorrisos, matéria-prima pra se sorrir mais e melhor!
Sorriso se "paga" com sorriso!
E, nada melhor que vê-los plantados na beira da estrada... seja à pé, de caminhão.
Bicicleta, carrinho de "Rolemã"
Seja assim, qqr brincadeira de criança, qualquer "adultice" pueril.
E se for brincar assim, me chama!
Beijos querido meu
Eu tento fazer igual a esse menino...eu gosto.
Abraços
Hugo de Olivera
adorei isso de "viajar as tristezas",quem dera pudéssemos dar a elas passagem sem volta.
beijos,poeta
Dá é vontade de sair correndo pelo mundo brincando de esconde-esconde com este menino.Um menino que brinca de contente. Um menino que sabe ser menino e ser feliz.
Um menino feito de palavra e sorriso.
Um menino que é puro.
Por tanto que és, amo você e sua poesia.
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