da varanda se vê o tempo lá fora,
templo alheio, charlatão e gigolô,
que é fuga dos rostos tristes
onde avançam apressados, os pés.
para dentro, é um cheiro quente de café
resvalando nas paredes
e vindo dar em sossego
das horas mortas que Maria faz vida
sendo uma pele enrugada e sem maquiagem.
do quintal se sente os sonhos
apressados em escapar além dos paletós
ou que ficam escondidos numa bolsa
preta em tom brilhante,
que guarda os brilhantes das senhoras
com sorriso esmaecido.
para dentro uma porta convida para entrar
esses esmiuçados minutos
com uma vontade devagar de não sair,
somente desnudar a roupa suja
e ser José e Maria em pele,
osso, carne e coração.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
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4 comentários:
Ahhh, Maria sabe o sabor doce dos momentos simples, da chuva na varanda, do café passado... da simplicidade rica que a nossa vida possui e quase sempre damos de costas!
Ah, se sabe!
Beijos Querido meu!
Hum...gostei.
Abraços
Hugo de Oliveria
bom demais de ler! cheio de sabores...
bjoo
Línguas e sabores das línguas e delas, as palavras...
Outro que amei.
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