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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Da imensidão de amar

Não se reconhece nela
a solidão que o tempo trás,
içar as âncoras
dessa languidez de amar...
Não se reconhece nela
o que soçobra cálida
a boca em avidez,
fugir ao súbito de amar...
Não se reconhece nela
a ninfa iminente de seu desejo,
nem traquejo sorte,
derramamento de amar...
Se reconhece nela a fúria,
alumbramento que espalha
meu corpo líquido
em sua solidez de amar.

2 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

CARAMBA!
meus olhos escorreram chuvas de sal e eu sorri sorrindo palavras que corriam atras das letras...
Menino-voador que coisa mais linda!
Eu nem sei...E já não sabia de coisa alguma.
Agora sei menos que o pouco que dantes eu nem sabia.

Márcio e o que se reconheceria na imensidão?
Meu Deus!
beijo em você, amigo poeta que ama e tece palavras.

Beatriz disse...

Essa fúria, é fúria de sentir maior que o tempo, maior que o espaço de amar.
Belo como águas que se abrem...
beijo poeta

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