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domingo, 23 de agosto de 2009

Indulta

Cedo-me agora,
embora cedo,
sou flecha,
torpe de mim veloz
entorpecente e atroz
como um beijo
que me foi negado.
Nesse veneno
navego,
eu pequeno,
lábio de um fim forjado,
onde me inundo,
tua boca indulta,
me incita
na doce preguiça
de teu caminhar,
minha fúria adulta
escapando ávida
nessa lascívia
de teu olhar.

4 comentários:

Quintal de Om disse...

O que difere o veneno do remédio é apenas a dose.

E que esse seja brandamente doce e inesquecível mesmo nesse espreguiçar de caminho, de passos, de flechas e mechas de cabelos contornando sorrisos.

E que a fúria se torne paz!

Beijo Meu...

Sueli Maia (Mai) disse...

Ceder-se, cedo ou tarde.
Sedar-se e não viver, nem cedo nem tarde. E sim, concordo com Sam - veneno e vacina é apenas uma questão de dose.
E, por vezes exercitar ceder é bom porque, cedo ou tarde chegaremos a conclusão de que a inflexibilidade é que quebra as setas e as flexas.
O arco é flexível e durável. A seta é rígida, fere e quebra-se.

Abraços, querido.

Hugo de Oliveira disse...

Hum...estou vivendo uma paixão que é como um veneno. Quero mesmo é um amor...será o meu remédio.

Te desejo uma ótima semana.


abraços


Hugo

Beatriz disse...

A totalidade de alma em verso é nítida.
Beijo poeta querido

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