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terça-feira, 18 de agosto de 2009

tablado

dessas paredes sem reboco
colho um pouco de tropeço
que essa tua delicadeza aumenta
com o que esqueço de mim caído ao chão.
quero teu lábio cortante
picando de poesia minha pele crua
onde renuncio ao verde enrugado
da pétala em aspereza
para criar uma minúcia do meu riso.
quero um cio extravagante
dessa minha inspiração de tecer
para apetecer minhas inquietações
em asfalto quebrado de lâmina cega.
quero essa forma ameaçada de tempo
e cultivar meus inventos
de ser rascunho de te sentir
nessa iminente história de poesia
banhada com chuva de passos soltos
nesse tablado de inverno morno.

4 comentários:

Erica de Paula disse...

Mas tuas palavras sempre encantam...lindo.

Bjos

O mar me encanta completamente... disse...

A poesia nasce em múltiplas nuances .
Há que se ter olhos de ver e
poros abertos para sentir...
Belo devaneio, poeta.

Beijinho de saudade.

Glória

Cris Animal disse...

É quase uma renúncia de si mesmo para ser outro inteiro em alguém...arriscar sem medo de perder!

beijo grande

Beatriz disse...

"quero essa forma ameaçada de tempo
e cultivar meus inventos
de ser rascunho de te sentir
nessa iminente história de poesia"
você como sempre nessa entrega de alma, uma dedicação de corpo.

beijo poeta

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