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sábado, 11 de julho de 2009

Fim de tarde

Agora, pegou seu guardanapo,
limpou o seu prato
com um pequeno trapo
e deixou à revelia uma fome
que não mais some em solidão.
Agora, ela é fera,
nessa esfera singela
que domina seus atos
emaranhando cadarços em sapatos,
seus pés descalços...
– Uma flor é uma beleza
quase viva e quase morta
diante de um espelho quebrado...
Agora ela é ilusão – a bailarina feliz
que já quis ser apenas um triz
de viver, apenas um riso de fim de tarde,
que agora arde em lembrança
numa distância quase covarde.

7 comentários:

O mar me encanta completamente... disse...

Lindo quando a alma
se comprime,num poema
assim, visceral.
Amei, como sempre.

Beijinhos

Glória

teste disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Quintal de Om disse...

Prefiro que ela seja a beleza viva, mesmo que seja ilusão, mesmo que o espelho esteja quebrado.

Abraços, flores e estrelas...

Dauri Batisti disse...

Pequeno o traço, reparo,
nos seus pés descalços
criam ilusões
de danças e espelhos.

Viver, é triste
o fim de tarde,
mas a flor... Ah
a flor no sapato

torna os passos
tão lindos
da bailarina que vai
à padaria.

Sueli Maia (Mai) disse...

...e, dançando, a bailaina é feliz.
A solidão é uma fera mas, dançando a bailarina é feliz.
A vida é dura mas, dançando, a bailarina é feliz.
Escrevendo, o poeta é feliz.
A vida e a soidão são feras difíceis à ambos - bailarina e poeta - mas, com amor e poesia, ambos, serão felizes.

Beijos, amigo querido.

Gil. disse...

Aplausos.

Beatriz disse...

Simplesmente amei. A bailarina aqui escreve se encantou com a do poema.
beijos

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