Ela já foi doceira,
Já vendeu toalha e sapato de cristal.
Ela já vestiu abrigo, já inventou sorrisos
Em outros carnavais.
Ela já dançou a sorte,
Enganou morte e foi lenha de fogueira.
Ela já foi santa, já fingiu de manto
Pra esconder tesouro.
Hoje ela é ouro
E vende o esboço de poder ser mais.
Hoje ela está no samba
E faz uma prosa pelos castiçais,
E ilumina esses destinos,
E se equilibra em seus tamancos
Emprestando seu perfume
Vestindo-se de gérbera pra enfeitar palanques,
Pra colorir o palco dos seus tantos ais.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
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Um comentário:
Oi, querido!
Coisa gostosa é essa aí.
Muito faceira, muito dengosa...
Esse poema está fantástico Márcio.
Este é mais um daquela série.
Meninos e meninas.
Graça...
Amei.
Carinho.
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