Se me fosse dada uma chance de redenção
Nesse labirinto amargo chamado vida
E nos meus calos nesse cálice de sangue fanado
Na finda essência em mim derramada,
Meus dias seriam mais sensatos,
Menos tomados de ócio
Com o ocre das tardes esmaecidas pelo carvão da noite.
Se esta súplica me chegasse mais tolerante
E mais exaurida, nesse vão de ilusões perdidas,
Nas manhãs mais caladas,
Onde o vento só sopra ao contrário de mim,
Onde a chuva só me cai em torrentes,
Eu não estaria mais aqui,
Não estaria murcho como uma folha de outono.
Que deuses das antigas civilizações
Perseguem minha sina?
Meus amálgamas enlameados me ferem
No cerne do meu ventre aberto.
Vejo galhos encobertos com o limo
Da umidade das minhas lágrimas.
E os meus sonhos são meras fitas desamarradas
Dos meus medos.
Se esta linha paralela da verdade acudisse
Minhas lamúrias, talvez, o inverso do branco,
Fosse a tonalidade da minha paz.
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há 5 dias
Um comentário:
Meu doce e querido amigo.
Houve um tempo, em que minh'alma, meus olhos e eu mesma, estive turva, murcha, torta e amorfa.
Hoje, não mais.
Sabe, Márcio, embora confesses uma face inversa, vejo-te com olhos que alcançam o essencial, em ti, e afirmo, és lindo!
Eu digo isto, Márcio, pela beleza dos versos, poemas e palavras que endereças, não apenas a mim, mas onde quer que eu navegue, e te encontre.
Querido amigo, eu te agradeço pelo encontro, pelo carinho e companhia, nesses meses em que caminhamos juntos...
Foste muitas vezes, minha alegria. E quando lágrima, eras doce e terno, sempre.
Desejo-te do fundo de minh'alma, que descubras um caminho que, como espelho, mostre a ti, a beleza e um sentido prá viver.
Sê feliz, amigo lindo.
Feliz Natal.
Continuo te seguindo. Caminha, vai.
Onde estão os meus poemas preferidos?
Aqueles de pipoca e mashmelow?
Bjos, muitos.
Carinho, sempre.
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