enquanto os pássaros
la foram, cantam -
depois da janela
pelo lado de cá,
desacortinada visita
do inesperado, sem convite,
com a premissa permitida
do riso ou da lágrima,
vestem, minhas nádegas,
uma cadeira cheia
de meandros,
onde brincam agora,
meus sonhos trancados.
e nasço um pouco
a cada dia ao apagar
das luzes,
e morro sem demora
desembrulhando o agora
num controle remoto.
minha lembrança
ainda dorme tímida
num refúgio de travesseiro,
é onde vejo um
pirocóptero
alçar voo
para outras cenas.
enfim, cotidiano.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
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Um comentário:
Ah, que beleza
essa leveza de menino
esse sonho sem caminho
onde é apenas desalinho
num fechar breve dos olhos.
Esse retorno, tantas vezes torto
pelo cansaço onde os abraços
morrem num espreguiçar.
Esse em torno do peito
onde me deito, junto às minhas fantasias
que a poeira dos dias sopraram no ar.
Me estico na cama, na grama, na rede
Sou sede e preguiça
tranca que inguiça nesse abrir de portas
abro apenas o canto das páplebras...
sou também menina
que apenas sonha
sem fazer barulho.
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