furtou o que havia em volta,
debalde, uma força estranha,
uma forca de cuspir fora
a ânsia, sua gana
nessa libido de enfeitar
o instante que me alcança.
são plumas, e braços, e vento,
um deságue e enchente,
dois olhos frios
lavando com riso
o que a morte não enfeita -
a cura, uma dança
como lança que fura
a procura com um olhar.
enfim, duas asas vencidas
pelo debate que demora
agora como um encanto
que não acaba...
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
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4 comentários:
Um encanto que não acaba, disse bem...Sua palavras de uma fertilidade ímpar...Parindo em mim a vontade de poetar e versejar mais...
Uau, perfeito!
Abraço.
[...]"a cura, uma dança
como lança que fura
a procura com um olhar".
Um belo poema em que destaco a aliteração, o ritmo e a musicalidade...
M.G.
Lindo, lindo, meu querido Marcio!
Demais...
Abraço, amigo!
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