Espalhe teus centeios pelo bucólico do chão.
Lá é estrada e tempo - onde se colhe
um deserto de vaidades
ou um campo fértil de alfazemas.
Na condição da falta de estima,
és teu lenço, tua esgrima,
a falta que não sentes, mas rima
esférica que acaba sem fim.
Pois teu ciclo, teu invento de verdade
é teu riso, tua faina e lustre.
És o ocre que se levanta e faz juz ao timbre
da cor, do arco íris que se desenhou
pelo crepúsculo dos dias.
Teus medos são coragens escondidas
que as gaiolas e nenhuma ruína
arruinam com teimosia, pois o músculo feroz
do teu brio, é um vício que está escrito
na memória dos bravos.
Assim, no acre das multidões,
sejas doce enquanto durar a plantação,
pois entre o orvalho e o grão,
há o sabor das recompensas
e o riso da colheita.
terça-feira, 19 de abril de 2011
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4 comentários:
O plantio é opcional.
A colheita, é obrigatória.
Muito belo, Márcio.
semeando poesia
Queria eu que meus medos se transformassem em coragens escondidas...Beijos meus, amigoooooo...
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