Percebes na palavra mais simples
o que ainda não inventamos.
Entre algumas demoras
o templo da vida comemora
esse palco ao ar livre.
Crisântemo, desmantela
agora esse vento que nunca tive,
ar do paraíso, cômodo enfeitado
com o teu sorriso.
Será que vamos nos casar?
Envelhecer é um tempo que preciso
mais do que a saudade que me deixas:
conjugar o verbo futuro
na primeira pessoa do plural
desse pronome pessoal
de agora...
Se encontrares n`algum embrulho alheio
um coração que seja melhor abrigo,
então vá, faça morada,
pois meu telhado tem mais telhas,
essas paredes são de tijolo
e o meu chão é de concreto e nuvem,
mas é tão perecível quanto
qualquer novo invento de amar,
assim, vale mais é o cunho
que fica desenhado por dentro
da pele flácida batendo
num compasso único de dois em dois
marcando a cada instante
essa possibilidade de infinto.
sábado, 2 de abril de 2011
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3 comentários:
Maravilhosos, versos, Marcio!
Tua sensibilidade sempre mexe demais comigo...
Achei magnífia esta tua forma de apresentar proposta: prós e contras [ tudo na balança...]
Abraço,amigo!
o tempo, no meu
foi um desatar de nós em nó
uma estrada de pó
alargando os passos
e os traços de
qualquer chegada
foi um ponteiro atirado
no alvo da íris
um arco-íris meio
embaraçado
por entre fios e dedos
foi um cômodo vazio
calor e frio
foi um vento no estio
água margeado rio.
é que meu relógio
me assaltou as horas
numa pressa sem variantes
foi um lampêjo no instante
das minnhas quase idas
e não fui...
por ainda querer estar aqui,
nesse tempo "parado"
mas onde faço casa.
Belo, Márcio.
Meu carinho.
Futuro plural em possibilidade de infinito...Tomara.Sempre...
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