Ser marginal
é ser um muro
sujo e pixado
onde a descompostura
do dia,
alguns olhos de soslaio,
úmidos e negligentes,
ignoram com
um pudor vacilante.
Eu sou marginal,
pois sou a palavra muda
que não enfeita
nem grita.
Eu sou a palavra crua
que veste a rua
de alguma beleza,
mesmo aquela
que já existe
há algum tempo,
mas nunca foi notada.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
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Um comentário:
Quem fica a espreita, conhece, examina e segue firme, confiante por essas ruas, certo de que mesmo a margem, o espaço um dia será teu!
Um abraço!
ótimo!
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