Chorava
uma janela aberta,
a boca cava,
dois olhos em alerta
vigiando
na curva da rua
a escrava
nua com sua cintura
de boneca.
Sua cultura
era uma caneca
cheia e turva
onde cantava
com uma oitava abaixo
do tom dos seus olhos
castanhos.
sábado, 9 de abril de 2011
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2 comentários:
Canto-mistério...
foi canto de lua
cantando à nudez
noturno boemia
das ruas
nuas de olhares.
Que belo!
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