de repente, tudo é um caos.
a insurreição remota de um dia
longínquo pousa como um estandarte,
reverência sem palmas 
ao palco calado dos olhos.
e aquela beleza fria
que causava algum rumor à pele,
que eriçava os pelos
mais tímidos do corpo,
talvez saltasse do calabouço
da memória e viesse à tona
como uma bela embarcação
que a mudez dos lábios,
que a falta de respostas
daquele telegrama alheio
e a paisagem sem janela
daquele olhar esmeralda de vidro
naufragou num verão qualquer
de fevereiro.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
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3 comentários:
que bonita lembrança de fevereiro...
abraços
de luz e paz
Muito belo, apesar da dor.
Beijo.
Lindo, lindo, lindo, porque a tristeza tem um encanto todo especial, e porque você é mestre na arte de escrever versos...
Encantei-me!
Abraço, querido!
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