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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Natureza que me acha

Hoje, talvez fosse
mais fácil eu me destituir
da minha sina de poeta
e ser um mero atleta
sem palavras.

Mas sou um olho
escondido no meio do furacão.
E o que me aproxima
da poesia é que
pesco em meio
ao riso e olhar
tímidos
toda forma
de beleza.

É o que me faz
viver pelo incalculável
brio da natureza
que me acha.

2 comentários:

Quintal de Om disse...

Qaundo sou um passo no raso,
é nela que me acho,
que mergulho profundo,
que sou pé descalço.

Nela que me enlaço,
e me acho nessas esquinas de mim.

Natureza pra mim é rainha,
é berço de paz
que me aninha e faz massagem nos pensamentos
e nesse meu escuro por dentro dos olhos,
quando num fechar breve das pálpebras,
é ela que me dá norte,
e me livra da morte
do meu próprio eu.

É ela o meu refúgio,
o meu sorriso mais puro,
a travessia dos meus próprios muros
e a luz da manhã
minha luz no escuro.

Quando sou uma folha sem porto,
me deito e me encontro
até ser o meu olhar mais solto,
saltitante entre os galhos,
entre os retalhos de nuvens
nesse jeito só dela de
me preencher o peito.

Ela me chama, me acha
me encaixa no mundo
nesse mundo além da minha janela.

Lindo, lindo poema!

Anônimo disse...

E vc se acha nela!

Beijo;

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