quando se quer fazer
e faça, e descobre
e não julgue - qualquer forma
de emendar a roupa
que o dia rasgou
de tanto esbarro,
e gente cabisbaixa -
não abaixa a crista,
criatura, atura
a culpa que não tem.
a turma da rua,
a vizinha ao lado,
o senhor de bengala
a mulher que não fala
e um bêbado fazendo
tudo que eu queria fazer.
quase foi por um tris
que eu desenhei
com um teco de giz
a manhã desatinada
na lambança de uma atriz
calçando a vida
com quase nada,
numa fome de chegada,
num gole de ida.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
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3 comentários:
E la vai a vida, os traços de vida, as formas disformes, a poesia que vives e se mostra aqui. Parabéns.
Abraço
No desenho do giz, no matiz das manhãs e dos entardeceres, na razão por um triz, no sorriso ou no choro da atriz, o fluir de criaturas, a vida a vir e ir.
Abraço!
Sim, deve-se assumir as conseqüência dos atos, e viver!
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