de tanto atender 
às preces lá de fora,
quedando-me, 
a face ainda nua
descobrindo fragmentos 
da rua que ardem
meus soluços,
que amordaçam 
meus silêncios,
descubro-me desajeitado
espalhando meus medos
como pequenos cacos de telha
pelo chão.
lá fora, 
onde a calçada
foi gasta pelos meus pés,
lá fora
profetizando o agora
com lenço e segredo,
eu vi duas borboletas
alçando vôo pela pausa
dos meus olhos que buscavam
algum azul, algum arrebol
pela tarde gris desse invento
de tingir o meu dia 
de chuva e de sol.
terça-feira, 5 de abril de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Arquivo do blog
- 
        ▼ 
      
2011
(190)
- 
        ▼ 
      
abril
(30)
- Atrás do muro
 - a ladeira veloz
 - espelho
 - Desembarque
 - ao meu antigo time
 - premeditado
 - preguiça
 - plantio
 - sem ela
 - a rosa sem fim
 - noite de telas
 - coração novo
 - janela
 - O semeador
 - desatenção
 - nas coisas lá de fora
 - acorde distante
 - papiro e pedra
 - criatura
 - Palavra crua
 - Você
 - outono
 - A rosa de pano
 - Oitava abaixo
 - a esmo
 - une
 - pauta
 - pela pausa dos meus olhos
 - Abril
 - Relógio
 
 
 - 
        ▼ 
      
abril
(30)
 

2 comentários:
Ficou lindo, Márcio!
Beijo.
Tenho ligações com borboletas que se desfazem no bater de suas asas.
Sempre vejo seus poemas.
Postar um comentário