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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

No muro da infância

Na minha infância moram
cacos de telha,
esconder no invisível
onde me pegam
de súbito
o pulo de um pé só
a galgar quadrados no chão.
Moram braços
esticados
abraçando o mundo
girando a órbita
de construir poesia
com ciranda
e na varanda
ouvindo as histórias
sob à luz de estrelas.

4 comentários:

Vinicius Geyer disse...

Parabéns amigo.Bela poesia.Abraço.

Márcio Ahimsa disse...

Obrigado Vinicius.

Quintal de Om disse...

A minha, guarda uma amarelidade não só do tempo, mas das lembranças brincando de pega-pega pelas esquinas, de esconde-esconde nas frestas das árvores.

De um jeito que não encontrou o seu caminho longe das descobertas.
É uma ponte que sempre atravesso, já crescida, sem adultecer.

Tem cheiro de casca de árvore
e não de mofo.

Beijo n'alma,
Samara Bassi.

Márcio Ahimsa disse...

Isso mesmo Sam. A infância tem cheiro de aurora.

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