Há certas súplicas de agora, que, irremediavelmente,
Cogitam com a textura dos excessos, flertam com a medida certa.
O corpo, laico, suspende ânsias para além do necessário,
Copo derramado de inutilidades.
Despenque esses excessos tal qual pneu velho rodando
Ladeira abaixo, despenque o vírus alfa ofensivo
Rumo ao zen sem fim, esculache as baboseiras,
As mamadeiras vis em meio ao invisível cercado inominável
Que cobre o homem com esplendores de ilusão.
Os excessos me são fúteis, imutáveis como roda
Girando imaginando uma continuidade descontínua.
Para quê te vestes com roupas vermelhas
Quando teu corpo precisa se vestir de transparência?
A vida é um poema inacabado que precisa apenas
De alguns verbos para continuar em poeisa.
À Van Gogh
Há um mês