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quinta-feira, 7 de abril de 2016

Flores de papel

Havia um quintal
de cercado de bambu
e quem não tinha lápis
desenhava com tatu
escavando esse chão
forrado de jornal
pintando o sete
com a minha mão
um analfabeto procurando a vez
de fabricar o seu xadrez
em que acomete
em sempre ser feliz
havia nesse mato
além dos olhos um belo jardim
que era alguém de fato
mais azul
do que um pequeno céu.
Era uma flor menina
dentre todas a mais bela
com uma pétala bem amarela
feita do crepom
macio de um papel
também era lilás
e era roxa como um cartaz
feita de cartolina
ela sabia como é que se faz
e não tem jeito
no campo é que eu vou me achar
colher no peito
um belo buquê
para no mundo espalhar
o melhor que há de você
e que agora está dentro de mim

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