O silêncio me é um chão
onde brinco meus arranhões,
onde empino meus sonhos
e alço vôo pelas asas das minhas canções de vento.
Da poeira deitada, faço cama,
e misturo meu pijama com coisas antigas
que ficaram num encardido
desses imensos que não consegui desbotar
pelo esquecimento.
Ah, esses meus silêncios gritam em mim!
Gritam e se espalham em eco
jogando xaveco nessas palavras mudas
que vestem, de vez em quando,
uma bermuda de liberdade.
À Van Gogh
Há um mês