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quarta-feira, 30 de maio de 2012

O trem vazio

Meu caro estranho,
caso o trem esteja lotado,
não se afobe nem se apresse,
ali, num banco espremido,
ao lado,
alguém sem destino
espera calado o próximo vagão...
Ainda assim, no estreito
de costelas e bolsas,
uma janela visita na rua
os olhos lá fora
pescando o vazio
que a solidão de gente muda
e cansada deixou para trás.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Sábado

Vou livre ao vago instante.
Deslizam agora, sob o céu de outono,
minhas tristes memórias
nesses trilhos que vigio...

Meu olhar delirante...
Vejo sobre a premissa de mim
o dia que capitalizo - ando firme -
calçada estreita,
e a áurea do dia
bocejando a noite mal dormida.

Ontem foi o preâmbulo de hoje.

- Sim! Sábado badala o sino da vida.
Passeio pela avenida como um cão sem dono
vestindo a lembrança do que sou

para escrever essa biografia
moderna de ser gente.

sábado, 12 de maio de 2012

Mãe

Mãe,
antes no meu ninho,
você graveto,
pequena fração de segundo
que me aquecia...

Mãe,
hoje, eu passarinho,
sou do tamanho
do mundo,
um grão absoluto
que alimenta seu riso.

Mãe,
você horizonte
me faz sempre ir longe,
mas paro sompre
no cuidado
do seu olhar.

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