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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

É carnaval...

É carnaval
na ceio da cidade
onde o riso é tudo
e ninguém fica mudo
pra falar de saudade
que a vida corre
é lá fora no quintal.

É carnaval
subindo a ladeira
no meio do morro
e de dia eu corro
que a noite ´
é sem eira
e vai ser muito normal.

É carnaval
no meio da rua
o povo e a dança
voltando a ser criança
com a beleza mais crua
de fazer estripulia
para um mundo ideal.

É carnaval
no Brasil e no mundo
nessa mistura de alma.
Ser feliz está mesmo é na palma
da mão. Profundo
é o segredo que existe
na pincelada de ser total.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Rua aberta

A rua aberta dentro
de mim
leva para um lugar
sem fim
onde se espalham
no vento
palavras em forma
de folhas,
vírgulas que invento
para pausar
escolhas
que me separam
de ir e ficar.

A rua aberta dentro
de mim
é, antes de mais nada,
uma estrada
de sim
onde caminho
sem pressa
como passarinho
que paga promessa
por saber voar.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Caligrafia

Todos os versos aceitos
me são, antes, o endereço
onde não hei de morar,

pois um verso é apenas pretexto
para fugir, ir à tona
de algum lugar.

Eu não tenho a paciência
de um predador,
eu tenho é o desespero
de uma caça.

Sobrevivo, sem notar,
e não há nada de notável nisso,
catando meus gravetos pelo chão.

Escrever um verso
não é uma virtude proveniente
de um dom sublime.

Escrever é regar as chagas da alma
com o próprio sangue
que foi profanado,

com o grito que foi arrancado
do mais subterrâneo
silêncio.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Segredo

Tão tesa
a vista presa
no horizonte.

Abaixo das asas
da ponte
emoções partindo,

casas
onde guardam
cedo,

janela aberta,
pássaro lindo,

descoberta:
viver
sem arremedo.

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