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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Funcionário

abaixo do chapéu ao sol
mora um rosto cansado
os olhos baixos, escuros

buscando sombra e abunda
dor, delírio, desamor

abaixo do uniforme
a pele em marron canela

esfoliando seu tempo
suas horas gastas em custas
de vida, sonho ou morte

os pés calcando no chão
a peleja, voltar isento

deixar na pele o cimento
a nódoa de viver gris

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