Como não agradecer infinitamente
a prece alcançada?
Prece vestida de um quase desespero
quando o vento não alcança mais as velhas folhas que fanam sem cair.
Retirada de uma fé ressuscitada
do último respirar antes de fechar os olhos.
Agradeço, pois, como um novo começo que restaura
o mármore umedecido.
Agradeço com louvor de trombetas de anjo
com seu bronze reluzente de eternidades.
Agradeço com graça e em graça de alcance
como a fotossíntese do verde
logrando ao êxito da vida de esperança.
Agradeço com a ênfase da gratidão merecida de quem não desiste,
pela parceria de quem nos ama,
pela confiança de quem não nos conhece,
pela benção de amanhecer
e cultivar um novo dia,
toda luta e todo caminho,
o caminhar, a rosa, o espinho
que nos faz cuidar de ter cuidado com a beleza,
de ter respeito pelo que nos pertence ainda não visto,
mas que não nos escapa das mãos.
Obrigado, meu Deus!
Eu venci o mundo,
calquei com a pedra e afundei, profundo,
minha falta de fé no abismo e submergir pássaro no infinito.
Estou livre...