Erguer a pedra, dilacerar todo fragmento,
a fraqueza, o medo, a sem razão de continuar...
Apontar os olhos ao infinito alvo,
ápice segredo de atingir.
São mãos que trabalham, suores de ontem,
de hoje, de amanhã - E singir os tempos
dentro de um fim: a hora do alcance,
o verbo, o romance, libido é ofício.
Não trarás ao relento os vícios,
nem resquícios de amputadas horas que vagaram
ao chão, os passos invisíveis -
paredes ocas, tijolos e lacunas.
Balança na íris o guerreiro e a guerra,
o prisioneiro da tua gana de terra,
e chuva, e vento, e nuvem.
E é vernissage, lavoura verniz,
bagagem de quem diz no silêncio de uma marquise
o preâmbulo de construir verdades
no sedimento de um olhar - e é fé,
esperança de quem dorme, e é luz
no travesseiro de quem acorda...
- Os homens constroem realidades
e são apenas sonho no palpável instante
de existir.
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há uma semana
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