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quinta-feira, 6 de junho de 2013

lembranças de fevereiro

de repente, tudo é um caos.
a insurreição remota de um dia
longínquo pousa como um estandarte,
reverência sem palmas
ao palco calado dos olhos.
e aquela beleza fria
que causava algum rumor à pele,
que eriçava os pelos
mais tímidos do corpo,
talvez saltasse do calabouço
da memória e viesse à tona
como uma bela embarcação
que a mudez dos lábios,
que a falta de respostas
daquele telegrama alheio
e a paisagem sem janela
daquele olhar esmeralda de vidro
naufragou num verão qualquer
de fevereiro.

Um comentário:

Dauri Batisti disse...

Vc sempre jogando com as palavras, rompendo com as lógicas, permitindo-se falar em outras palavras.

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