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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O mundo é quase nada

O mundo é quase nada
só é um grão de centeio
para quem cedo semeia grandeza.

O mundo é quase nada,
um ponto final na frase
de quem fecha o texto.
Ainda assim é quase nada
para quem sabe emendar
com reticências
as fronteiras imaginárias
de enxergar além do poema,

é quase nada, sem ser prosa...

Construir portas no muro,
asas no escuro, é quase nada,
fazer furos no infinito
para enxergar além.

O mundo é quase nada,
é quase tudo para quem nada tem,
um canto qualquer
na cumeeira do telhado
é morada para pássaro
que avista sempre além
de seu tamanho.

O mundo é quase nada
para quem sonha
infimamente,
e, ainda assim, nem coragem
tem para transformar
as realidades pequenas.

Se desejar o chão,
se desejar o ar,
se desejar inverter a órbita
de seus anseios,
é pisar firme a terra,
é esticar os braços, abraçar o mundo,
erguer a cabeça...

Não esqueça que olhar pra cima
faz enxergar o quanto tem para alcançar
e olhar pra baixo
faz ver que o que está lá
é que sustenta seus impulsos
para atingir o apogeu.

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