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sexta-feira, 26 de junho de 2009

Açude

Meu corpo é hélice de sopros distantes,
aqui, nesse dilúvio de antes, meus pés navegantes
boiaram uma espera que não chega.
Meu sonho de suflê
desmanchando minha procura, nuvem cinza desintegrada...
Agora é rubra minha verdade de saciar, um gole seco.
Ah, me cura! Cura-me dessa loucura!
Brusca e inesperada!
Meu menino acuado - meu pequeno construtor -
leve para tuas mãos esses calos confeitados
de tanta vida em desmesura.
Ah, que eu esqueço, por um instante,
a dicotomia impregnada de me ser eu rude,
de me ser açude em tempos de deserto.

3 comentários:

Quintal de Om disse...

Há nesse sorriso diário, por vezes apagado, um menino que guarda sonhos e que com suas mãos disfarçadas em luvas de mãos de homem, talvez calejadas pelo tempo, pelo trabalho, pelas dores... ainda assim, guarda na palma das mãos a cura, qualquer que seja a cura, de qualquer procura. Guarda a busca e sabe , no fundo sabe o caminho da estrada de tijolos amarelos.

Ele sabe! Pergunte-o!

Você reencontraá os sorrios logo alí! Vá sem medo, meu querido!

(Saudades de ti e desse seu sorriso que existe SIM, mto além dos teus lábios e que mora no brilho, mesmo cansado, do teu olhar)

Carinho,
Sam

Erica de Paula disse...

Ah, mas que coisa boa, gostosa, que palavras encantadoras!!

Adoro seus poemas!

Bjos, ótimo fim de semana!

Paula Barros disse...

Nossa! É uma escrita forte, cheia de sentimento. Parece que vem rasgando a carne, tirando das entranhas as palavras, pintando com sangue os versos.

Pelo menos me rasga quando leio, me revira pelo avesso.

abraços

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