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terça-feira, 23 de junho de 2009

A pressa

O homem sentado lendo as horas em letras miúdas,
amiúde desatento, um fio descompassado...
Quando houver desperdício,
o que já foi um ofício não cabe mais dentro do amanhã,
pois há sede nessas vozes, há canções de vento
pedindo passagem para sussurros de trovão
para quando essas sombras em carvão de ontem
pintar os sorrisos amarelos das crianças invisíveis
e trazer novas mensagens de silêncio.
No esconderijo do medo mora um monstro pavoroso,
um segredo transparente pedindo acolhida
para fugir do frio.
O homem sentado lendo sua sentença
em letras garrafais - agora é fugir ou ficar,
pois a estrada tem pressa de chegar...

3 comentários:

Quintal de Om disse...

Quando se enfrenta o medo, se descobre que os montros não existem. E que os fantasmas que antes assustavam, não passam de "Gasparzinhos camaradas" e que depois, vem mesmo é um sorriso que, invisível ou não... ainda o homem poder ler, e ver, e sentir em muito mais que letras garrafais e letreiros em luz Neon.

E descobre também que os passos à beira da estrada, são calçados esperando a batida dos pés pra soltar a poeira e continuar o caminho assim, devagar, por mais pressa que se tenha de chegar.

Os sonhos sempre chegarão sorrindo!

Abraços, flores e estrelas...

Paula Barros disse...

Fiquei pensando que o medo faz a gente sentir tudo mais pavoroso. Muitas vezes até imobiliza as ações.

abraços

Sueli Maia (Mai) disse...

Eram letras miúdas e os anúncios eram em letras garrafais.
O que é pequeno e se agiganta e o que é gigantesco e reduzimos aos milimétricos tamanhos.

Sabe, a pressa nos faz 'passar batido' sob, sobre, à margem, ao lado de tantas coisas... E de outra sorte, nos impede, bloqueia, obsta o continuar a jornada.

Beijos, amigo querido.
Fica bem.

Mai

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