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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Poema nú

As duas sortes que encontrei
transgridem agora a regra
que criou o mundo...

Eu era um elefante
que carregava meu próprio peso,
o silêncio que fabrico
é uma questão de sobriedade.

O branco que vejo na rua,
o olho ébrio da noite,
causam espanto aos acordados...

Súplicas, súplicas - Eu não era ateu,
a fé que me guarda está
estigmatizada na cicatriz
das minhas mãos - são relevos,
trabalho, o ócio não me consome.

Eu tenho fome de de tudo,
tenho fome do mundo, tenho,
absoluto, certeza que visto
uma roupa que não é minha...

2 comentários:

Dauri Batisti disse...

Um poema nú pode valer mais. O nu pode significar destituído de arrogâncias e verdades. Então tudo fica mais bonito.

A ativida blogueira aqui é permanente, que bom.

Um abraço.

Paula Barros disse...

Se desnudar do que não nos pertence, pode parecer fácil, mas não é.
E o poema nos ajuda a nos desnudar, a ver roupas que nos sufoca o ser e o viver.

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