A manhã debulha com água fria
o rosto cheio de restos da cama.
Amassado sonho que ficou no travesseiro...
- É feriado, eu sei!
O dia amanheceu cheio de preguiça,
a rua bocejando a garoa fina la fora,
que desabriga do cotidiano
as formigas operárias – eu sei.
Há uma prece em frente da catedral
e minhocas adubam a infância
que, de vez em quando, sobe para o céu
presa em balões. Cordões de inquietude
laçando a lucidez.
- É feriado, eu sei!
Despidas de lavoro,
as pessoas vão-se às ruas,
as crianças, tendo como anfitriã,
a calçada que recepciona,
de segunda à sábado.
Salto alto, sapatos lustrados,
e as vitrines ajustam os colarinhos
e o rímel, artigo de toucador,
ornamenta o olhar pronto para enfrentar
o dia,
de segunda à sábado.
- É feriado, eu sei!
O sol ficou escondido no aniversário de ontem
sob o sono da véspera de hoje
contendo o amor na armadura das flores...
Um comentário:
Bom receber sua visita. Ainda passeio por aqui também, embora o ritmo tenha caído muito sempre encontro inspiração em seus versos.
Abraços
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