Não se remenda com trapos
os pedaços arrancados à deriva do dia,
um grito calado - um sussurro,
o próprio silêncio.
Não se remenda a hora esquecida
na labuta, a própria luta
fenecida na guerra.
A própria morte...
Não se costura em fiapos
a dor, um brilho amputado
dos olhos, o instante,
a própria sorte.
Ao preâmbulo da noite, sob o teto
da claridade, esquecemos
pedaços de nós jogados.
E são encantos e tantos
os orvalhos derramados do verniz de existir.
Ao quedar da hora,
as pupilas das estrelas
piscarão seu último sorrir
e tantos fiapos para trás
de singrar o que é sopro e viés
nessa sina de ser gente.
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há uma semana
3 comentários:
Márcio,
Gostei do teu tecer poético.
Vou circular por aqui.
Beijos,
Anna Amorim
nossa sina de ser gente
sorte de estrela cadente
Você é fantástico.
gostei.
abraços
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