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domingo, 20 de novembro de 2011

A calçada dos elefantes

Deixou para trás
a calçada,
a pisada firme,
a cabeça de elefante.
Pigarreia agora
o pulmão cansado
e leva embora
o banco gelado
de pedra
que consola
o seu sentar.

Deixou para trás
as notas de rodapé
e configura
no rosto de sol
a rua atrás,
as pegadas,
o próprio caminho.

Deixou para trás
um silêncio
que ficou escondido
na voz rouca
de agora,
o brado,
o lado brio
que carrega
na palma
tão calejada
da mão...

Um comentário:

Luis Fernando disse...

Esse poema, belo por sinal, faz um interessante diálogo com meu poema "Eterno retorno"

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