É domingo na manhã acordada
da semana - o plágio soberbo
da soberania dos dias.
Trás às pálpebras
a abertura clarividente
da noite de sábado
mal dormida, eremitas
na marcha vespertina
rondando os pés roídos
do chão...
Ao ermo de mim sombreia,
indulgente,
o olhar de vidro,
deitando ao horizonte
a piedade dos que
acordam sem a salvaguarda
das horas.
É domingo na matriz do tempo,
no verbo distorcido,
na palavra lavrada de ócio
e lida, no próprio vício
de publicar os vômitos
do mundo.
E ao badalar do instante
desvirgina a memória
mais infeliz,
e é ruptura na face humana,
buscar no acaso
a solidez da garoa
vertida nessa tez infinita de mim.
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há uma semana
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