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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Pássaro invisível

Tenho dentro de mim
um grito -
o alívio dos inocentes,
evaporado com as folhas
ainda mortas no chão.

Recolho os olhares
que esquecem
de me dizer adeus:

eles levam a descoberta
de um vento colorido.

E a boca muda,
a rua limpa, meu riso
das coisas,
também ficaram para trás
e eram invisíveis.

3 comentários:

Dauri Batisti disse...

Tens fora de ti um sussurro - o gemido do mundo. O fora e o dentro se misturam num único sentimento, o de ser humano, esse ser que faz poesia.

Parabéns pelo caminho que fazes, o da poesia.

Abraço forte.

Flávia disse...

E riso, mesmo invisível, nunca fica para trás.

Beijos, querido.

Quintal de Om disse...

é um voo rasteiro
na órbita do olhar
numa curva embalsamada de nuvem
e por do sol
a sua invisibilidade (pres)sentida
nos vãos da tarde
e sombreada no asfalto morno e borbulhante das grandes cidades.

Meu carinho,

Sam

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