Eu tenho lembrança do tempo,
ostracismo torto de mim.
Tirar o sapato duro
é de um esforço inocente
com a alma brilhando a ternura
pelo olhar adulto.
A porta é hoje a liberdade
que cura o abrir e fechar,
andar de dorso nu
da cosinha ao quarto dizendo: tchau!
Eu tenho no peito
uma tosse fingida de ganhar afago,
as mãos esticadas
alcançando o futuro tão cansado.
A melhor hora é quando,
num estalido, ontem e hoje
se eoncontram, quase despercebidos,
pela varanda a saudar
minha entrada numa
pincelada pueril de encanto.
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há uma semana
Um comentário:
Uma nostalgia, uma lembrança bonita... que não envelhece no tempo.
Lindo.
Sam.
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