Meus pés cheios de estrada e mato,
antes bicho de pé,
alpercatas no chão,
o kichute na solidão
da bola.
Meus pés de sola nua...
Antes o carrapicho
enroscado na calça curta,
as pernas na liberdade
de ser informal,
na informação de caminhar
destinos e desvirginar sonhos.
Meus pés de sola crua...
A criação madura de ser menino
de badalar cedo o sino de ser grande.
Meus pés pisaram espinho,
caco de vidro
e sem perigo rumaram
para a escola
para buscar meu cotidiano.
Meus pés de sola e rua...
Meus pés calçam
os vestígios de um tempo esquecido,
de um amanhã vindouro,
de um agora de aço.
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há uma semana
Um comentário:
não missão dos pés nos levar para onde o coração diz que é o melhor?
muitos abraços, peregrino!
Postar um comentário