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domingo, 1 de abril de 2012

Meus pés

Meus pés cheios de estrada e mato,
antes bicho de pé,
alpercatas no chão,
o kichute na solidão
da bola.

Meus pés de sola nua...

Antes o carrapicho
enroscado na calça curta,
as pernas na liberdade
de ser informal,
na informação de caminhar
destinos e desvirginar sonhos.

Meus pés de sola crua...

A criação madura de ser menino
de badalar cedo o sino de ser grande.

Meus pés pisaram espinho,
caco de vidro
e sem perigo rumaram
para a escola
para buscar meu cotidiano.

Meus pés de sola e rua...

Meus pés calçam
os vestígios de um tempo esquecido,
de um amanhã vindouro,
de um agora de aço.

Um comentário:

Sentimentalidades-Todas disse...

não missão dos pés nos levar para onde o coração diz que é o melhor?


muitos abraços, peregrino!

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