Tudo que a vida pede, eu faço
só não sou palhaço das multidões
com os seus anões carentes
que se dizem crentes no meu refrão.
Então, chega de hipocrisia,
pois sou anônimo
e tenho o mínimo respeito
pelo direito do invisível,
por quem se reconhece
em fotografia amarelecida
e trás fragrâncias do êxodo
para o futuro.
Tudo que a vida pede
é um remédio para a loucura,
amputar a prece da divina
comédia do instante
e serví-la como diamante
para esse drama sem fim.
Trago nas mãos o abrigo
da palavra que escuto nas ruas
sem a graça e a esperança.
Trago-a como banco de praça,
como sombra de árvore seca,
como flor que brota no asfalto.
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há uma semana
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