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domingo, 15 de novembro de 2009

Poema revelado

Quem quase chorou
foi lágrima congelada,
um guardar do que poderia ser dito
sem palavras.
Quem quase sorriu
foi uma janela semi aberta
que o dia lá fora deixou de entrar,
e revelar o que era vasto
para além do horizonte...
Quem quase amou,
não foi seta nem vento,
foi apenas um lamento
que o alvo cego da razão
não conseguiu se preencher de mira...
Quem quase ficou
perdeu a hora do aplauso
que o instante tão sem precisão
calcou com a marca do que foi importante.
Quem quase sustentou o olhar
perdeu o segundo mais infinito
de tantas coisas vistas,
tantas palavras ditas,
tanto sentimento revelado,
tanto abraço não dado,
tanto beijo molhado
que o impulso da certeza
desenhou no coração...

4 comentários:

Beatriz disse...

isso me lembrou a música meditação do tom jobim(...)
beijo poeta

Katrina disse...

Eu sempre perco a hora do aplauso

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

"Poema revelado", tem uma alquimia, própria de sua poesia, adorei.

Eu não esqueci um só de todos os meus amigos aqui, e hoje retorno, depois de muito trabalho com o nosso Site, com os 1000 Sonetos, agora poderei estar ao lado de todos , matando as saudades, que se fazem presente ao presente momento,
passa lá no meu cantinho, tem
NATAL
com todos os amigos,
com carinho, Efigênia

Sueli Maia (Mai) disse...

Lágrimas geladas num poema revelado.
Cristais garimpados, Márcio.

Beijos amigo.

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