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domingo, 8 de novembro de 2009

A tarde dos elefantes

Estava repleta,
um rosto escaldante
afogou a tarde quente,
olhos de elefante
guardando a memória
dessa gente
enquanto caia
aos seus pés desnudos
a invocação da liberdade
mais flagelada.
Ela estava distante
como um relâmpago
e os bêbados
guardavam
da sua compostura
uma ética descortinada,
sem vício, sem o indício
da virtude em ruptura...
Apenas amainava
suas horas
pescando qualquer abandono
em que a única companhia
era aquela calçada
vazia onde morava
a solidão...

5 comentários:

Desmanche de Celebridades disse...

Que textos dinamicos, vc le de forma rapida e intensa, de forma inquieta. Adorei.
Abraços.

Katrina disse...

Foi imagético, e muito

Lílian Alcântara disse...

concordo com a Katrina, a imagem foi se formando na minha cabeça, vi a cena, vi a solidão, senti também.

Beatriz disse...

bonito esse poema,desenhado...
gostei muito
beijos

Sueli Maia (Mai) disse...

Você me fez buscar em minha memória - os olhos dos elefantes. Excelente pensar neles sempre foi sinônimo de sua imensa para ou tromba. Você escavou os olhos e os pos em primeiro plano. Olhos escaldantes e tarde dos elefantes.

Beijos, Márcio.

Boa semana, amigo.

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