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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

moldura

talvez fosse a falta de cor
que o tom pastel
desenhou naquele chão,
ou a sapatilha branca,
ou a falta de tempo
de alguma emoção sem saída
que furtou o sangue estancado
e agora, somente agora
jorra em lembranças
pelo tablado
em pequenas gotas alvas
de sonho.
ainda assim,
seus braços em arco
inclinados sobre a tez,
a altivez mais branda,
o olhar sustentando um ponto
no infinito
e as pernas girando num pliè
são linhas invisíveis
do possível...

3 comentários:

Hugo de Oliveira disse...

Existem algumas coisas na vida, que achamos impossíveis...talvez seja por não observar a moldura como um todo e perceber com bastante sensibilidade que é possível sim.

abraços

Zélia Guardiano disse...

Lindíssima a tela que você, tão bem, emoldura, meu querido!
Palavras leves como plumas: esvoaçam...
Grande abraço!

Anônimo disse...

Vivo a procurar essas linhas.

Ps.: Que bom que publicou aqui! =)

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