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terça-feira, 15 de março de 2011

Acalanto

Eu faço versos como quem faz um pranto
e meu alento que já foi embora
me desfolha em pautas de além canto,
pois, fim... Sou o verbo que em mim aflora.

De tudo, tenho o orvalho de quem sente,
um mundo, minha sorte de acaso...
Forjar o verso. Um riso de estar contente.
Amiúde, sofro, sou sandália num caminho raso.

Se travo a língua que em mim cala,
apagada vela, lânguido murchar de asa,
decifro silêncios, sou o vazio de uma sala.

Me encontro no léxico que me faz casa.

2 comentários:

Adenildo Lima disse...

faltou pouco pra ser um soneto...aliás, um excelente soneto...rs..

CARLA STOPA disse...

Palavras vestidas de casa, poeta? Belíssimo.

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