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sábado, 19 de março de 2011

Auto retrato

Não procure
pelos vãos das minhas mãos
a sobra que eu não sou,
nem busque extratos
do que sou
numa leitura minuciosa.

Pois eu sou
um grito no indefinido,
um orvalho na aurora.

Pois eu sou
um toque, uma libido,
o que ainda está lá fora
para ser descoberto.

Mas, ainda assim,
espalhado ao vento
escorregando como folha leve,

sou um floco de neve
no silêncio de um deserto.

5 comentários:

Quintal de Om disse...

sou pintura inacabada
na beira aquarelada do pincel
na beirada
do dia.

Luna Blanca disse...

Os ventos que as vezes tiram
algo que amamos, são os
mesmos que trazem algo que
aprendemos a amar...
Por isso não devemos chorar
pelo que nos foi tirado e sim,
aprender a amar o que nos foi
dado.Pois tudo aquilo que é
realmente nosso, nunca se vai
para sempre...

CARLA STOPA disse...

E eu, alegria avermelhada de pôr de sol...

Anônimo disse...

Indefinições sempre me soaram melhor.

Beijo.

ania disse...

Dizer o que depois de ler vc? o que posso dizer é que seus escritos tem 'um sei lá o que'...uma magia...que toca a alma...que emociona...muito!
É bom demais ler vc!
bjos...

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