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segunda-feira, 21 de março de 2011

Sobre a beleza (Lara Amaral)

Quando dei por mim
eu já estava imerso
e, a impressão que me causa
é arroubo, alumbramento...
Não sei em qual janela
me debrucei,
nem para qual fim
fugiu meu olhar além do quintal,
mas, sem esmero
nem insistência,
o que consegui flagrar
foi um lapso do instante
desenhado com alguns respingos
de um azul intenso,
terminando num prisma alaranjado
de fim de tarde.
Foi quando percebi
que beleza tem nome
e fica estendida
como um varal esticado
cortando o horizonte
e são dois olhos atentos
para esse mundo de fotografia
e verso.

3 comentários:

nydia bonetti disse...

Tocante, Márcio. Que poema... Esse final é arrebatador. A imagem do varal esticado cortando o horizonte... fotografia / verso.
que lindo. bjos.

Anônimo disse...

Lembro quando vc publicou este poema numa foto minha do facebook. Amei, achei lindíssimo! Quem bom que o colocou aqui.

Estou arrumando a minha galeria de fotos que fica na lateral do meu blog e colocarei este poema, sem dúvida.
Muito obrigada, poeta querido!

Beijo.

Suzana Guimarães disse...

Ai, meu bom senhor! Nem precisava escrever o nome dela ao lado, entre parênteses. Quem a conhece, sabe que você escreveu sobre ela... "azul intenso, terminando num prisma alaranjado de fim de tarde."

Se eu fosse homem ou se fosse a minha área, eu me apaixonava também. Aquele quê de nostalgia, dor, mistério, aqueles olhos arregalados que miram o nada ou o tudo de dentro... um silêncio escondido dentro dela, apesar de toda a elegância e presença, apesar de todas as palavras.

Belo texto, poeta!

Parabéns!

Um abraço,

Suzana/LILY

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