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sábado, 19 de setembro de 2009

A velha fôrma

Ser escravo desses vazios, a panela cheia,
a alma triste e tudo escapulindo
e o homem parado diante da parede...
O que posso dizer dessa sede esticada
como uma rede conectada por abismos?
O movimento balançando
uma vontade de preguiça para fugir
da morte anunciada...
E pensa consigo mesmo:
onde termina a base de sustentação
nesse alçapão armado por mim?
Por fim, se marcha os olhos para baixo,
as mãos esticadas, continentes,
datilografando uma mensagem
para fugir desses paralelos...
Por cima da mesa uma fatia de bolo
orna, toda pomposa, aquela velha forma
e, abaixo, os encanecidos aplausos
cumprimentando mais um ano
que acaba de ser deixado para trás...
Mas a prece é de que este seja igual,
mais igual que o primeiro
que há muito foi inventado.

5 comentários:

Erica de Paula disse...

Adoro seus poemas!

Bjos e boa semana :)

Hugo de Oliveira disse...

Estava com saudades de passar por aqui e conferir seus belos poemas.



abraços

Hugo
Nosso-Cotidiano

Beatriz disse...

Poema forte, de presença. traça imagens fundas.
beijos poeta

Gil. disse...

Vazio...estou cheia deles!
=/

Unknown disse...

Belo poema!

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