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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

À revelia

Trouxe,
dos campos abertos de batalha,
a dose certa de coragem
para vencer minha covardia,
esse desatinado medo de amar
onde fui, à revelia do meu desespero,
uma tempestade insurgente
de mansidão,
lago de calmaria da minha entrega
esperando esse tempo
assentar em mim com algum
resvalo desse amor inteiro.

2 comentários:

Beatriz disse...

Há tempo pra tudo, inclusive para o amor... bonito bonito
beijos poeta

Quintal de Om disse...

Ah, nessa bagagem nossa dos dias ainda há de se caber muita coisa além dos nossos passos empoeiradose por vezes, tortos.

Além das vistas embaçadas e do suor do trabalho, seja ele qual for;

Além das mãos calejadas de sonhos colhidos e outros bem vividos;

Além das vozes agonizantes que brotam de dentro dos versos nossos e que desconhecemos ainda...

E a covardia, que covardia?

Nenhum amor é covardia.
Nem o medo presente, desenrolado das folhas que caem secas como se fossem alguma "melhora da morte" que acontece pra reflorescer, ainda que se tenha mais covardia....

E ainda que se negue o amor que se sente, não há bagagem que permaneça vazia de amor inteiro, inteiro de si, mesmo que se sinta ou se viva assim, um amor pela metade.

Abraço meu, querido...

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